sexta-feira, 28 de julho de 2017

III Seminário Internacional do Observatório dos Movimentos Sociais na América Latina

O III Seminário Internacional do Observatório dos Movimentos Sociais na América Latina aconteceu na Universidade Federal de Pernambuco no Campus Acadêmico do Agreste em Caruaru entre 12 e 14 de junho de 2017.


III Seminário Internacional do Observatório dos Movimentos Sociais na América Latina.


https://www.doity.com.br/iiiseminariointernacionaldoobservatorio/



O Seminário envolveu estudantes de graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores do Brasil e de outros países do continente americano. Na ocasião, apresentei o trabalho: Filosofia, poesia e resistência: sobre a unidade entre epistemologia e militância política em tempos de crise, junto ao GT 1: Movimentos sociais e epistemologias de luta, no qual coordenei em companhia da professora Allene Lage.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016


Voltaire: Filosofia, Literatura e Educação



Recebi um convite da Editora Edipro para escrever o "Prefácio" da nova edição da obra: “Cândido ou O Otimismo” de Voltaire (1694-1778), filósofo e escritor francês do século XVIII.

Concluída a tarefa, o livro foi recentemente publicado pela editora e encontra-se disponível em seu site oficial: edipro.com.br/produto/candido-ou-o-otimismo/.




Voltaire é considerado um dos grandes pensadores modernos. Suas ideias impulsionaram valores éticos e políticos como a tolerância, a fraternidade e a liberdade, em um universo dominado pela hipocrisia tirânica das sociedades do Antigo Regime. Ao contribuir com a divulgação das ideias de Voltaire, sinto-me entusiasmado em fazer parte dessa luta filosófica contra os obscurantismos de ontem e de hoje.


Convido o leitor a se apaixonar pelas cômicas histórias presentes no “Cândido” através dos seus risíveis personagens e suas aventuras e infortúnios. Essa fascinante novela tem um aceno pedagógico já que os personagens vão aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo por meio de viagens em contato com povos, terras e continentes à procura de cenários idealizados. Essas jornadas propiciam aos protagonistas a saída de um estado de ignorância e ingenuidade para o de esclarecimento e autonomia. O desfecho da trama é, de fato, inusitado aos olhos dos leitores.

Atenciosamente,

Prof. Otacílio

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Presidenta Dilma, heroína do Brasil

Eu tenho acompanhado e me solidarizado daqui de Nova Jérsei, junto com milhões brasileiros em todo o mundo, a corajosa defesa da presidenta Dilma no senado. Coragem é pouco. A presidenta Dilma está entrando para os anais da história como uma das mulheres mais aguerridas em defesa de causas sociais e democráticas ao lado de figuras, como: Rosa Parks, Annie Lumpkins e Aung San Suu Kyi. Nesse artigo, eu gostaria de refletir com vocês sobre as causas e os efeitos dessa dramática situação que envolve o impeachment e a injustiça pela qual vem sofrendo a nossa honesta presidenta.

Causa 1: A crise econômica
            Erros foram cometidos durante a gestão da presidenta dos quais ela já reconheceu. Contudo, a violenta crise econômica que se abateu sobre o mundo, bateu à porta do Brasil com virulência. Por exemplo, o preço das commodities tais como petróleo e minérios, verdadeira fonte de renda para países emergentes como o nosso, caiu, assustadoramente. No cenário interno, o desemprego e a inflação, aliados ao início das delações da “Lava Jato”, prenunciaram a tempestade que estava por vir. Faltava à cereja do bolo: Eduardo Cunha.

Causa 2: Eduardo Cunha
Cunha é um dos maiores psicopatas da atual política brasileira. O objetivo dele era megalomaníaco, ou seja, ele queria engolir o executivo e governar o país pelo legislativo suportado por dezenas de deputados, verdadeiros afiliados políticos, dispostos a tudo para ser fiel ao chefe. Com suas manobras e manipulações, ele conseguiu protelar as investigações dantescas e escandalosas que envolviam sua pessoa e aliados, e investir todas as forças na farsa do impeachment. O motivo foi simples: a presidenta Dilma não deu brecha para banditismos políticos, ou seja, ela não se submeteu aos caprichos escusos do dito Cunha. Como resultado, ele articulou o impeachment com o aval do interino e escudeiros.
Muitos deputados que votaram pelo impeachment na câmara o fizeram para serem “fiéis ao partido”. Um dos argumentos mais ridículos em todo esse processo, pois se troca de partido no Brasil, como se troca de camisa a cada fim de tarde. Merleau Ponty já dizia que na política, como nos afetos, pactos se rompem. Não são apenas alguns políticos do PT que estão envolvidos na Lava Jato, embora se tenha trabalhado ardilosamente para isso. A maior parte dos partidos está envolvida com dinheiro sujo. Logo, nesse processo, ir de encontro às orientações do partido é uma virtude política, não um vício. Toda a confabulação precisava de um emoliente, já que os protagonistas não estavam sozinhos. Eles precisavam da propaganda.

Causa 3: Os principais meios de comunicação
E ela veio avassaladora. Todo santo dia o governo Dilma era manchete de tudo o que era de ruim no cenário político, econômico e social. Seu governo foi rapidamente associado à corrupção pela Lava Jato – como se alguns políticos do PT fossem os únicos envolvidos. Desemprego, inflação, seca, crise energética, queda do PIB, tudo isso foi o tempero necessário, preparado pela mídia, para incendiar uma multidão desorientada. Os protestos pelo impeachment tomaram as ruas do Brasil. Mas, as vozes contra a manipulação midiática, também acordaram. Nesse ínterim, assistimos ainda ao início da caça ao presidente Lula. Resumindo, várias frentes foram arquitetadas para desmontar o estado de bem estar social construído pelo governo popular.

Quem é ele?
Sei muito pouco sobre o interino. Sei que ele recua a cada reação que se tem diante de suas decisões. Sei que ele é frouxo já que ele não permitiu que seu nome fosse divulgado durante a abertura das olimpíadas. Sei que ele evitou de ir ao encerramento das olimpíadas, enquanto que a presidenta Dilma esteve na abertura e no encerramento da copa de 2014 sob intensa vaia dos espectadores. Mas ela esteve lá. Heroína e corajosa, Dilma está enfrentando o senado porque não tem nada a temer. O interino não tem origem nas camadas populares, ele não sabe o que é pobreza e carência social. Ele parece estar nas mãos dos caciques dos partidos, incluindo o Cunha. Por tudo isso, o quadro que se vislumbra é bom para quem tem dinheiro e poder. O quadro só não é favorável para as camadas menos privilegiadas, porque foram elas que foram atendidas pelo governo popular.
Quando vejo um ar de normalidade em volta de Cunha e seguidores, quando vejo o doce jargão de que pobre tem que pagar plano de saúde privada e que as universidades, uma vez chegadas ao Nordeste, agora têm que ser privatizadas; em síntese, quando vejo que Paulo Freire está sendo escanteado por Alexandre Frota, algo muito nebuloso está envenenando o sangue da nossa jovem e às vezes intransitiva democracia (na linguagem de Freire). Contudo, continuo esperançoso apesar de toda essa tragédia que vem tragando a nossa sociedade brasileira. Vejo confrontos ideológicos protagonizados por verdadeiras ilhas libertárias, como os que vêm ocorrendo no cinema (Aquarius, Sônia Braga e Patricia Pillar), na música (Chico César, eternos Chico e Caetano), nas igrejas (Papa Francisco) nas escolas e universidades, sindicatos e nas ruas. Nesse cenário caótico, trago hoje um belo trecho de uma canção que sempre me acompanha em momentos de melancolia: “[...] da terra seca, flores e frutos vão brotar”. Juntos com a presidenta Dilma, pela democracia!

Prof. Otacílio Gomes da Silva Neto
New Providence, New Jersey

29/08/2016

sábado, 19 de março de 2016

É tempo de decisão
O nosso país vive um momento gravíssimo que não admite oportunismo de ninguém.

O Brasil vem passando mais uma grande crise política e social em sua história. Diante dessa gravidade, muitos pensam (ou são levados a pensar) que o Impeachment da presidente Dilma é a solução. Outros defendem como eu, que o Impeachment não é a solução, mas um ataque a democracia brasileira. Há ainda os que estão neutros por pelo menos duas razões: a primeira se refere a pessoas que não gostam de política. A segunda, para mim mais grave, se refere aos políticos oportunistas que estão esperando o que vai acontecer para tirar seus dividendos, pró ou contra o governo.

Eu admiro e respeito aquelas pessoas que tomaram suas posições contra ou favor. Respeito mesmo aquelas que não gostam de política, é um direito delas. Rechaço o oportunismo daqueles que estão esperando a carcaça para dela tirar proveito. No momento atual, a população deve observar essas manobras oportunistas e rechaçar essas atitudes na próxima eleição, não votando nesses representantes. É hora de nós sermos mais criteriosos em nossas escolhas.

A quem interessa o Impeachment? Nesses tempos de crise política no Brasil, o mercado especulativo financeiro tem uma enorme chance de engordar seus lucros mais uma vez. Não há dúvida que com as vitórias de Lula e de Dilma, os mais pobres tiveram maior participação nos bens e serviços prestados pelo governo. Se os menos privilegiados foram mais atendidos, alguém perdeu porque não existe almoço de graça. E o grande perdedor foi o mercado especulativo. Contudo, os endinheirados têm a chance de dar a volta por cima mais uma vez. Eles têm o monopólio da mídia já que ela é financiada por essa parcela de privilegiados. E os meios de comunicação social têm exercido um papel decisivo ao tentar manipular as informações para o público.

O bombardeio diário dos meios de comunicação de massa contra o governo tem disseminado uma agressiva propaganda sem precedentes na história recente do país. A pressa em divulgar informações, sobretudo quando ela é contrária ao governo, merece o mínimo de reflexão possível por parte da população. Não se pode expor um presidente da república dessa maneira, nem tampouco um dos maiores líderes mundiais, como Lula, sem, até o momento, ter nenhuma prova concreta contra ele. Por exemplo, não há unanimidade entre os juristas se as ações contra o presidente Lula advindas do poder judiciário são de cunho político ou não. Sutilmente, alguns telejornais e revistas o tratam como criminoso. Observando a mídia, alerto a população fazendo minhas as palavras de Chico Buarque: “A nossa pátria mãe tão distraída/ sem perceber que era subtraída/ em tenebrosas transações”.

Não sou político e não sou filiado a nenhum partido político, embora faça questão de votar a cada eleição em meu país. Voto porque acredito na democracia, embora reconheça que esse regime ainda está longe do ideal. Contudo, uma democracia forte se constrói com base no diálogo, respeito mútuo, tolerância e debates. Ninguém poder ser achincalhado por ter esse ou aquele posicionamento.

O que acontecerá se a presidente Dilma cair? Temo que o país volte à sensação de “normalidade” apregoada em tempos passados. Receio que não ouviremos mais as palavras “escândalos” e “corrupções”. Desconfio que a mídia não dê repercussão intensa às investigações que irão prosseguir. Por isso, digo NÃO ao Impeachment, NÃO a corrupção e SIM à nossa democracia.

“Meu Deus vem olhar/ vem ver de perto uma cidade a cantar/ a evolução da liberdade/ até o dia clarear” (Chico Buarque).

Juntos pelo Brasil!!!

Professor Otacílio Gomes da Silva Neto
New Providence, New Jersey

19 de Março de 2016

sexta-feira, 18 de março de 2016


Brazil, 1984: A Crucial Event

In São Paulo in the beginning of 1984, there was a huge celebration in Brazil when people went to the streets to commemorate the return to the democracy. To demonstrate the importance of this event in Brazil, I will develop three main points that include politics, social and, music subjects.

First, the return of democracy was important because some politicians who moved to other countries after the establishment of dictatorship in 1964. In 1984, they could go back to their homeland. They initiated a transition between chains to freedom. For example, Lula da Silva, Fernando Henrique, Mario Covas, Brizola, Miguel Arraes were essential for creating a new constitution. Most of them were in the celebration in 1984 with millions of people in the streets in Sao Paulo.

Second, the return of democracy was essential to schools, churches, unions, and universities. These organizations were in the control of the Regime and some professors, journalists, students and priests were arrested and killed by the Military Regime. A huge number of them were in the streets in 1984. They were released to continue their lives with freedom and justice.

Third, musicians and artists were very important to the democracy in Brazil. For example, during the Military Regime, some of them created music to express opinions against the army. They were banished to the US, England, France and Chile. But, their songs caused a huge negative impact against the army because they were responsible for educating people and encouraging them to support democratic ideas. Musicians such as Chico Buarque, Caetano Veloso, Gonzaguinha and Gilberto Gil were welcomed to the people. Therefore, during the celebration in 1984, people sang their songs in the streets.

The democracy in Brazil is not completed. But, politicians, citizenships and artists were fundamental to making the democracy strong in Brazil. This historical period was fertile to Brazil and it was essential to create a new conscience about the importance of democracy as power of people.



Professor Otacílio Gomes da Silva Neto
Newark, New Jersey

March 17, 2016.

terça-feira, 8 de março de 2016

In politics, the ends justify the means

            Jorge[1] is a good man. He is a devoted husband and father, he respects people and he is an honest man is his business. But, he decided become a mayor in a small city in Brazil. His adversaries promoted unsocial advertisement in websites and radio station against him. For example, they said that he was manipulated by his wife and he was a mule because he was a very boring man. According to them, he was not qualified to become a mayor for he was a weak man. As a result, the large majority of people do not vote for him, obviously he had not too much money to his campaign. Some months later, the ex-adversaries recognized him qualification as a good citizen when they discover that he gave up becoming a politician. Although a large number of politician argue that the politics is the only way to promote honesty, integrity, and justice, I believe that in politics; the ends justify the means.
Politics is a violent game, not only a physical violence, but also moral and psychological violence. There are not spiritual or moral values when someone or party decide to get the power. Politicians are hypocritical, so they do everything to achieve their outcomes such as to visit churches or to kiss and to hug poor people. Some of them are astute they show interest in civil rights cause but not because they really believe in it. Indeed, they want to secure a huge number of votes for the next election. However, when the elections finish they can take illegal money to promote self interest. Definitely, there is no disinterested action in politics subject. Hobbes’ words are very accurate when he stated that, Homo homini upus. Not only Hobbes uses metaphors to compare animals’ world to politics, but also Machiavelli. In fact, there is no space for innocent rabbits, pets, little birds, in political life. It is not a situation for a man like Jorge. It demands fox, lion, and wolves because it is necessary to be astute, strong, to become a smart politician and to get power. It is essential to have determination to maintain the power because the adversaries are astute, too.
I am not a politician, but I vote every election. Why? In my opinion I figure out what parties and politicians can be less corrupt, even though most of them have self interest during the decisions. I can visit some websites (www.transparencia.brasil.org.br) to see how my candidates have voted in our Congress. I know that these men earn money, they have an excellent life spend our money, but I can decide it. I hate dictators. They are corrupt too, but no one can control their politic actions. The politic is not a spiritual church. It is real world no fiction. Although we can control part of the political corruption, it is an intrinsically true that in politic, the ends justify the means. In my point of view, there is no chance to change this situation.


Professor Otacílio Gomes da Silva Neto
New Providence, New Jersey
February 22, 2016.



[1] Fictitious name. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Birth of Alex

Birth of Alex

            On October 24th, 2013 was is an important and euphoric day in my life. It was a normal day if my wife hadn’t been pregnant and we didn’t travel to two another cities to two different assignments. But, we sometimes haven’t control about our lives, absolutely. It was good for me because I had a marvelous gift in this time. My son was born in Campina Grande.
            Firstly, my wife and I were living in Monteiro. She is pregnant, so she needed to go to the hospital for exams every week. Really, Monteiro hadn’t good hospitals, so we needed travel to Campina Grande to take exams. At the same time, I needed to take lessons at Federal University of Paraiba in Joao Pessoa. The distance between Monteiro to Campina Grande is 200 km and the distance between Campina Grande to Joao Pessoa was 120 km. Therefore, I needed to travel to Campina Grande to left my wife at clinic and then I continued my journey to Joao Pessoa to take a doctoral class.
            Secondly, when I left my wife at medical clinic I traveled to Joao Pessoa. But, when I arrived at University I receive the advice by students that “No class today.” For this reason, immediately I went to Campina Grande to take my wife and came back to Monteiro. I was very tired when I called my wife to communicate the situation. During my trip to Campina Grande I received calls on my cellphone, but I couldn’t hear because my cellphone was on silence. Close to Campina Grande, I could be see it.
            Thirdly, I called my wife and then nobody attended my call. I tried again and to my surprise a nurse had taken my wife’s cell phone. “Who is speaking with me, please?”I said, “His wife is in a hospital now. His son is coming, sir”, replied a nurse. Suddenly, I was very enthusiastic and worried at the same time. On the one hand, my son was coming, but on the other hand I heard my wife yelling and yelling. Really, I was in a difficulty and complex situation.
             Finally, I arrived at the hospital and I heard my wife yelling again and entering in the elevator. I took her hands and told to her: “I love you. I am here with you.” After that, I entered in room moved my clothes putting a masque and then I was to the give birth room when my wife was there with the nurses and the doctor. At this time I was apprehensive and embarrassed when my wife discussed with the doctor. She didn’t want anesthesia. I felt me impotent until this situation have been solved. The doctor said to my wife, “Ok lady” and then, the hard work continued. It was almost three hours (p.m.) when little Alex was born. He cried and opened his eyes, I saw everything. When I put him in my arms I saw a liquid down like blood and I said nervously, “Nurse, please, something is wrong here”, she said me, “Oh gentleman, he makes a poopy.” “Oh my boy”, I said to him. And, the end of history.